Desmistificando a Dermatite: conheça as causas menos comuns e as soluções inovadoras para pele saudável de cães e gatos

A pele dos pets requer cuidado e quem pensa que a coceira em cães e gatos se resume a pulgas e carrapatos está enganado. As doenças dermatológicas estão entre as principais causas de procura por atendimento veterinário e são um problema de saúde com causas diversas, que geram dor e desconforto nos bichinhos. Desse modo, para proteger a saúde dermatológica dos pets e apresentar soluções inovadoras no tratamento das dermatites, preparamos este artigo. Acompanhe a leitura e veja como garantir uma pele saudável em cães e gatos. 

 

O que é dermatite?

A dermatite é, de modo geral, uma reação inflamatória que pode levar à vermelhidão da pele, coceira e, dependendo do caso, descamação e feridas. Trata-se, portanto, de um problema dermatológico que pode afetar cães e gatos e que tem causas variadas.

 

Desse modo, existem diversos tipos de dermatites e, entre os problemas dermatológicos nos pets, a Dermatite Atópica Canina (DAC) se destaca como segundo transtorno cutâneo alérgico mais frequente, ficando atrás apenas da Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas (DAPP).

 

Segundo estudo Dermatite Atópica Canina: Revisão de literatura, publicado na Revista Ft, em dezembro de 2023, a prevalência da atopia na população canina global situa-se em torno de 10 a 15%, sendo que os cães que vivem dentro de casa são os mais propensos a desenvolver essa condição, e percentuais semelhantes são observados no Brasil. 

 

Ainda segundo a pesquisa, registros indicam que as dermatopatias bacterianas predominam com uma prevalência entre 20,5% a 30,35%, seguidas pelas parasitárias (15,56% a 19,3%), fúngicas (4% a 14,79%) e imunológicas (10,51% a 37,8%). 

 

Em entrevista à Revista Veja, Chiara Noli, membro do Colégio Europeu de Dermatologia Veterinária, falou sobre o crescimento no número de cães com dermatite atópica. Segundo ela, duas situações podem contribuir para o aumento da incidência da doença. 

 

“Da mesma forma como acontece com seres humanos, a higiene dos animais vem aumentando. Quando se retira do organismo o contato com parasitas e bactérias, o sistema imunológico fica mais ocupado com alérgenos do ambiente, como o pólen e os ácaros.”

 

Ainda de acordo com a profissional, esse efeito é o que se chama de “hipótese da higiene” para os seres humanos e há evidências de que também se aplica aos animais. “Quanto mais limpo vive o animal, maiores as chances de aparecerem alergias.”

 

O segundo fator, para Chiara, é genético. “A população canina deriva de um grupo genético restrito. O cão surgiu do lobo e, a partir de uma pequena linhagem desses animais, nasceram todas as raças de cães. Essas raças são criadas de forma a manter certo padrão genético, de pelagem e tamanho da orelha, por exemplo, e, assim, não há mistura com cães de outras populações, com outros perfis genéticos. Isso faz com que a quantidade de genes seja pequena e selecione os animais alérgicos. Tanto é que na dermatite atópica existe predisposição racial muito nítida. Algumas raças têm mais alergias que outras.”

 

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Quais os tipos de dermatite?

 

Como falamos acima, são variadas as causas e, consequentemente, os tipos de dermatites. Para além das causas mais comuns, como alergia e contato com parasitas externos, temos ainda questões bacterianas, fúngicas, genéticas e hormonais. Veja a seguir: 

  • Dermatite alérgica

A dermatite alérgica está relacionada a uma reação do sistema imunológico no combate aos alérgenos, como pulgas, pólen, ácaros e alimentos específicos. Em animais alérgicos, essa resposta do organismo às substâncias externas pode ser exagerada, causando inflamação e coceira intensa na pele.

  • Dermatite por contato com produtos químicos 

Neste caso, a irritação dermatológica ocorre quando a pele do animal entra em contato com substâncias irritantes, como produtos químicos domésticos, plantas tóxicas ou materiais sintéticos. 

 

Por isso, os tutores devem ficar atentos ao uso de produtos químicos em casa – como os produtos de limpeza – e mantê-los longe do alcance dos pets. Esta é uma causa menos conhecida de dermatite, mas que pode causar muita dor e sofrimento nos nossos companheiros de quatro patas.

  • Dermatite infecciosa


Temos ainda a dermatite infecciosa, causada por infecções bacterianas ou fúngicas na pele do animal. Nestes casos, as feridas, cortes ou arranhões que não são tratados adequadamente se tornam locais propícios para a proliferação de microorganismos causadores de infecções. Aqui, o descuido com um machucado, por exemplo, pode desencadear um problema dermatológico mais grave.

 

  • Dermatite de origem hormonal e imunológica

 

Também entre as causas do aparecimento de problemas de pele em cães e gatos, temos as dermatites que podem ter origem em distúrbios imunológicos e hormonais, especialmente nas fêmeas. Em animais com doenças autoimunes, por exemplo, é bastante comum a associação com dermatites.

  • Dermatites com causa genética e racial

 

Caso o pet tenha um histórico familiar de doenças de pele, ele pode ter maior  predisposição de desenvolver uma dermatite. Além disso, temos o fator raça. Algumas raças de cães e gatos estão mais suscetíveis às dermatites. 

 

No caso dos gatos, os Siameses, Birmanos, Orientais e Abissínios. Já nos cachorros, as raças mais propensas são: Lhasa Apso, Shih Tzu, Shar Pei, West Highland White Terrier, Scoth Terrier, Pug, Dálmata, Boston Terrier, Boxer, Labrador, Schnauzer Miniatura, Golden Retriever, Pastor Belga, Bulldog Inglês e Fox Terrier.

 

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Causas menos conhecidas de dermatites

 

Acima, falamos sobre alguns tipos de dermatites e suas causas que podem variar bastante. Mas há ainda outros eventos que podem desencadear problemas de pele em cães e gatos que são menos conhecidos – ou associados – às questões dermatológicas. Entre eles, temos:

  • Mudanças climáticas

 

O mundo passa por mudanças climáticas significativas e os pets não estão imunes aos efeitos disso. Variações bruscas de temperatura e excesso de umidade na pelagem podem ocasionar dermatites. Essa causa pode afetar mais os cães e gatos de pelos compridos e vastos que não recebem a ventilação ou secagem adequada.

  • Alimentação

 

Os alimentos também podem desencadear reações de pele nos pets. A hipersensibilidade alimentar – as intolerâncias a certos tipos de alimentos – podem fazer com que o bichinho desenvolva dermatite. Aqui, os sintomas de alergia podem levar a vômitos e deficiências respiratórias. É preciso ficar atento ao que o animal está comendo.

  • Estresse 

A dermatite pode ser também psicogênica, ou seja, ter como causa o estresse. Mudanças na rotina do animal, como a inserção de um novo pet na casa ou até mesmo uma mudança de ambiente, podem afetar o bem-estar e o comportamento do pet. Em situações assim, o medo, o estresse e a ansiedade podem desencadear distúrbios, como o vício de se lamber. A lambedura excessiva pode provocar lesões na pele. 

 

Por isso, quando se trata de dermatites em cães e gatos, é preciso saber mais do que está somente visível. É preciso conhecer outros fatores e gatilhos para a doença da pele. 

 

Mas que coceira sem fim! Quais os sintomas e sinais das dermatites que os tutores devem ficar atentos?

 

Embora as causas das dermatites possam ser variadas e nem sempre tão comuns, um sintoma que une todas elas é a coceira. Também chamada de prurido, ela representa o principal sintoma dessa condição, podendo se desdobrar ainda em mordedura, lambedura ou esfregamento. 

 

Quando se trata de uma coceira intensa, ela pode resultar em episódios de auto traumatismo. Segundo a pesquisa da Revista ft, nas fases iniciais, o prurido tende a ser localizado, afetando uma única região, como a face, axila, orelhas (em 60% dos casos) ou patas (em 75% dos casos). 

 

No entanto, à medida que a doença progride, a duração do prurido aumenta gradualmente, tornando-se persistente e generalizado.

 

Ainda de acordo com o estudo, em estágios mais crônicos, ocorrem lesões cutâneas secundárias devido à automutilação, inflamação crônica e infecções secundárias. Entre as lesões cutâneas secundárias mais comuns estão escoriações, perda de pelos, liquenificação, hiperpigmentação, crostas e descamação.

 

Desse modo, a coceira pode ser um primeiro sinal de dermatite e, a depender da gravidade, da causa e da lentidão no tratamento, ela pode se desdobrar em outros sinais e sintomas mais graves, como:

 

  • vermelhidão e descamação da pele;
  • escurecimento da pele (hiperpigmentação);
  • perda de pelo (alopecia);
  • otite de repetição;
  • lesões bacterianas ou fúngicas.

 

Como tratar dermatites em cães e gatos de forma inovadora?

Para tratar a dermatite com eficácia, o primeiro passo é conhecer a origem do problema, saber se trata-se de uma questão alérgica, genética, hereditária, hormonal, emocional, etc. 

 

Sendo assim, a partir dos primeiros sinais de problemas na pele dos pets, é preciso procurar por um atendimento veterinário e ter um diagnóstico médico. 

 

Em alguns casos, é a soma de fatores que desencadeiam a dermatite e, por isso, é preciso uma força tarefa.

 

Rever o ambiente em que o animal vive, rever a higiene e alimentação podem ser iniciativas importantes no tratamento de dermatites. 

 

Além disso, para oferecer um tratamento eficiente para problemas de pele nos pets, a König oferece sua Linha Dermatológica, composta por produtos inovadores que tratam enquanto protegem. 

 

A Linha Dermatológica da König é uma aliada eficaz para a proteção e restauração da saúde da pele e dos pelos de cães e gatos. 

 

Para isso, as soluções de König vão direto ao ponto, possuem componentes naturais e incluem:

 

 

Então, se o pet apresentar algum sinal de problema de pele, saiba que é possível tratar de forma eficiente, segura e inteligente questões dermatológicas com a Linha Dermatológica para cães e gatos de König. 

 

Agende uma consulta com o (a) Médico (a) Veterinário (a) e mantenha a saúde do seu animal em dia.

 

Até o próximo! 

 

Fontes:

 

Sponchiato, Diogo. Dermatite em cães: ela não para de crescer, mas há nova solução à vista. 2019. Disponível em <https://saude.abril.com.br/vida-animal/dermatite-em-caes-ela-nao-para-de-crescer-mas-ha-nova-solucao-a-vista>. 

 

De Araújo, Caio Sérgio Pereira; Cavalcante, Francisca Mariana Barbosa; Brolio, Marina Pandolphi. Dermatite Atópica Canina: Revisão de literatura. Revista Ft, vol. 27:129, 2023.