Os gatos também amam e não é só comida

Os gatos também amam e não é só comida

Muitas vezes, os gatos são vistos como animais sem sentimento e que não ligam para seus donos. Mas esse é um pensamento já pode começar a ser deixado para trás! Isso porque uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de Oregon e Universidade Monmouth, ambas nos Estados Unidos, mostra que os gatos estão sendo injustiçados quando as pessoas dizem que só aceitaram ser domesticados para garantir comida.

Ficou curioso? Veja a seguir o que os resultados revelam sobre o comportamento felino em relação aos seus humanos!

Como foi feito o estudo

Para realizar as análises nos felinos, os pesquisadores isolaram dois grupos de gatos, 19 que viviam em casas, e outros 19 que moravam em abrigos. Longe de quaisquer tipos de estímulos sensoriais por duas horas e meia, os animais foram, então, colocados diante de alimentos, aromas, brinquedos e humanos. A conclusão sobre a preferência dos gatos ocorreu observando a primeira escolha que fizeram após o período de isolamento e também a duração da interação que tiveram com determinado item ou pessoa.

Gatos preferem... seus humanos
Gatos preferem… seus humanos

Gatos preferem… seus humanos

Suspense à parte, essa foi a revelação da pesquisa. Apesar das variações, tanto em gatos que vivem em casas, quanto os que moram em abrigos, os humanos, no caso seus donos, foram os mais escolhidos dentre as demais opções, inclusive comida. Apenas 37% dos bichanos foram atrás de alimento. Portanto, quando alguém disser que gatos só querem saber de comer com facilidade e não têm apego aos seus humanos, um bom argumento contrário é dizer que durante as análises os gatos ficaram 65% do tempo perto dos seus donos.

E ainda os reconhecem

Outras pesquisas também indicam que os gatos são capazes de reagir às vozes humanas, e reconhecer quando são dos seus donos. Com falas gravadas, e sem que os felinos pudessem ver os humanos, foi possível identificar o que os pesquisadores chamaram de “comportamento direcional”. Isso significa “mexer as orelhas e cabeça na direção da voz”.

Uma questão evolutiva

O jeito mais independente e mais contido dos gatos pode ser encarado como uma característica evolutiva, como explica Atsuko Saito, pesquisador da Universidade de Tóquio, que também promoveu estudos sobre os felinos. Para ele, a diferença é que os cães foram criados para obedecer os donos, mas os gatos não. Por isso, acabam levando a fama de indiferentes. Outro fator analisado pela perspectiva da evolução é que na “na natureza, ninguém pode vir em seu socorro e os predadores voltariam sua atenção para indivíduos mais fracos”, comenta o pesquisador.

Estímulos corretos

Todos esses estudos são importantes para distinguir os estímulos que têm melhor receptividade nos gatos e, assim, contribuir para que os adestramentos e ambientes sejam preparados de forma mais adequada e assertiva para os bichanos.

 

De qualquer forma, o que importa é que os gatos mantém, sim, uma relação especial com seus donos e todos os mitos sobre a falta de sentimento e afetividade podem ser esquecidos. Se você tem um amigo que ainda insiste nessa teoria, que tal compartilhar esse artigo com ele? Você também pode ler mais dicas sobre saúde animal no blog da König.
Fonte: Hypescience, Superinteressante e Animal Planet