Agosto é o mês de prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, doença extremamente grave que tem os cães como reservatório urbano principal, mas que pode causar graves problemas na saúde dos pets e também dos humanos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de duas milhões de pessoas são infectadas anualmente pela doença, que é considerada uma das mais negligenciadas do mundo.
No Brasil, a Leishmaniose Visceral Canina já foi identificada em 25 das 27 unidades federativas, ou seja, praticamente todo o território nacional é considerado endêmico, inclusive em regiões no Sudeste, como o Estado de Minas Gerais. Para se ter uma ideia da gravidade da doença no País, dados do Ministério da Saúde mostram que 90% dos casos da enfermidade em humanos na América Latina, acontecem no Brasil.
Neste artigo, vamos te explicar o que é a Leishmaniose Visceral Canina, os avanços científicos nessa área e como o sistema imunológico fortalecido pode diminuir a carga parasitária dos animais. Acompanhe!
O que é Leishmaniose Visceral Canina?
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma das doenças mais desafiadoras para o clínico veterinário. Ela é transmitida pelo flebótomo, conhecido como “mosquito-palha”, que ao picar os cachorros introduz na circulação sanguínea o protozoário do gênero Leishmania. A doença é uma zoonose, ou seja, também acomete os humanos.
Nos cachorros, a Leishmaniose causa apatia, perda de apetite, emagrecimento progressivo e feridas na pele, focinho, orelhas, articulações e cauda que demoram a cicatrizar. Outros sintomas são descamação e perda de pelos, crescimento exagerado das unhas, problemas oculares, diarreia com sangue, paralisia dos membros posteriores e, em casos graves, pode levar o animal à morte.
Os especialistas ressaltam que em áreas endêmicas, aproximadamente, 40 a 60% dos cães de uma população infectada podem ser assintomáticos. O diagnóstico clínico da LVC é considerado difícil de ser determinado, pois além da grande quantidade de assintomáticos e com manifestações inespecíficas, os sinais clínicos são comuns a outras enfermidades infecto contagiosas que acometem os cães.
Portanto, especialmente em regiões ou áreas de transmissão estabelecidas, o médico-veterinário deve solicitar o exame parasitológico ou sorológico para esclarecimento diagnóstico, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte.
A prevenção é a melhor estratégia para a LVC, já que ela não tem cura para os cães e para os humanos. Os médicos-veterinários recomendam o chamado conceito de dupla defesa, que visa proteger o cachorro por fora, com o uso de repelentes contra o mosquito-palha, e por dentro, com a administração de vacina.
Doença não ocorre só no Nordeste! 13 municípios de MG têm alta, muito intensa e intensa transmissão
Engana-se quem pensa que a LVC é endêmica apenas em estados nordestinos. A doença está espalhada por todo o Brasil e é considerada grave, inclusive, no estado de Minas Gerais. Na região de Belo Horizonte, por exemplo, dados da Diretoria de Zoonoses mostram que até junho de 2021, deram positivas a sorologia de 2.563 cães, de um total de 13.250 exames realizados.
No Norte de Minas, 13 municípios estão entre as primeiras 132 cidades brasileiras selecionadas pelo Ministério da Saúde para implementação da primeira etapa do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. A escolha das cidades teve como critério a alta, intensa e muito intensa taxa de transmissão da doença nos últimos três anos.
Os municípios que participam da ação, conduzida pela Coordenação de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério, são: Montes Claros, Francisco Sá, Jaíba, Grão Mogol, Fruta Leite, Itacarambi, Manga, Montalvânia, São Francisco, São João da Ponte, São João das Missões, Varzelândia e Santa Fé de Minas.
Esperança para os tutores e médico-veterinários
Novos medicamentos trouxeram esperança de cura para a doença, mas no dia a dia da clínica veterinária, o tratamento dos animais ainda é difícil, com resultados muitas vezes frustrantes. Um novo produto, porém, tem tido resultados positivos para o tratamento da doença, dando esperança para os tutores e para os médicos-veterinários. Trata-se do Defensyn®, uma suplementação imunoestimante que em estudos clínicos mostrou-se um aliado no tratamento da LVC.
Composto de plasma sanguíneo (fonte IgG de rápida absorção), MOS (prebiótico imunoestimulante e protetor de mucosa intestinal) e a maior concentração de betaglucano do mercado, o Defensyn®, desenvolvido pela König, fortalece o sistema imune dos cães e direciona a resposta no sentido de auxiliar, junto com o tratamento medicamentoso, a diminuição da carga parasitária.
Os resultados foram constatados pela cientista Dra. Luana Dias de Moura, que é médica-veterinária, mestre e doutoranda em diagnóstico e terapêutica na medicina veterinária pela Universidade Federal do Piauí. A pesquisadora possui diversos estudos publicados em revistas científicas de renome internacional sobre o tratamento da Leishmaniose e é clínica atuante em Teresina, no Piauí.
A pesquisa mostrou que o Defensyn® atua em três frentes: fortalece a resposta imune, causando uma estimulação geral no sistema imunológico do animal; favorece o perfil Th1, direcionando a resposta no sentido da eliminação parasitária; e ativa os macrófagos, tornando-os capazes de eliminar as formas do parasita que normalmente se perpetuariam em seu interior.
Gostou de saber mais sobre a LVC? Fique atento e cuide para que seu cão esteja protegido! No blog da König trazemos sempre informações atuais e comprovadas cientificamente para auxiliar na saúde do seu pet.