Síndrome de Pandora em gatos: quando o emocional afeta o corpo do seu pet

Os felinos também choram – ou melhor – também sentem. E você sabia que o estresse pode causar doenças físicas em gatos, como inflamações urinárias recorrentes? Esse conjunto de sintomas é chamado de Síndrome de Pandora e é um alerta importante para a saúde emocional dos gatinhos. 

A Síndrome de Pandora é uma condição complexa e, muitas vezes, subdiagnosticada, mesmo com tutores atentos por perto. Seu impacto na qualidade de vida dos felinos pode ser significativo. 

Por isso, é essencial entender o que é a Síndrome de Pandora, como ela se manifesta e quais os caminhos para cuidar da saúde emocional dos gatos, como forma de prevenir o adoecimento do corpo. 

Então, siga com a leitura!

Síndrome de Pandora em gatos: uma teia que conecta estresse, comportamento e saúde física Interligados

Você está acostumado com seu gato brincalhão e afetuoso, mas começa a notar ele mais recluso ou irritadiço. Além disso, ele começa a apresentar dificuldades para urinar ou a fazer xixi fora da caixa de areia. 

Temos um alerta: você sabia que esses sinais aparentemente distintos podem estar interligados, formando um quadro conhecido como Síndrome de Pandora? 

De acordo com o estudo “Síndrome de Pandora: Fisiopatogenia e Terapêutica” (LIMA et al., 2021), o termo “Síndrome de Pandora” é utilizado para descrever gatos que apresentam recorrência crônica de sinais clínicos da doença do trato urinário inferior felino (DTUIF) de forma idiopática, ou seja, sem causa identificável, concomitante a presença do acometimento de outros órgãos e sistemas, como, trato gastrointestinal, pele, pulmão, sistema cardiovascular, nervoso central, endócrino e sistemas imunológicos. Além disso, essas alterações físicas são acompanhadas de sinais clínicos associados ao estresse (Buffington, 2011). 

 

O artigo destaca que a Síndrome de Pandora “é uma desordem multifatorial que pode acometer todas as idades, sexos e raças, entretanto ela acomete majoritariamente o sexo masculino entre dois à sete anos de idade. Pode estar interligada a fatores genéticos e a vida moderna do gato doméstico, através do manejo incorreto, da falta de atividades físicas, da baixa ingestão hídrica, da disponibilidade exclusiva de ração seca e do convívio inadequado com outros animais na residência”. 

 

Diante disso, podemos entender como essa condição complexa mostra uma importante conexão entre a saúde mental e física dos gatos, tornando-se um alerta para compreensão e cuidado das necessidades emocionais.

Um mosaico: quais os sinais da Síndrome de Pandora?

 

Com causas que se sobrepõem, a Síndrome de Pandora pode ser compreendida como uma doença que se manifesta a partir de um mosaico feito por aspectos físicos e emocionais.

Como tutor, é fundamental conhecer tais aspectos para agir da maneira mais rápida e eficiente no cuidado com os felinos. 

Veja a seguir quais sinais podem ser dados pelos gatos de que algo não vai bem com eles:

 

Sinais comportamentais:

  • Agressividade: agressividade em relação a outros animais, aos tutores ou até autoagressão. 
  • Medo e ansiedade excessivos: O gato passa a se esconder frequentemente, sobressaltar-se facilmente e miados altos e frequentes, em momento de aparente tranquilidade. 
  • Isolamento e diminuição da interação: comportamento mais recluso e perda de interesse em atividades antes prazerosas, como brincar ou interagir com os tutores.
  • Alterações no apetite: tanto a hiporexia (diminuição do apetite) quanto a polifagia (aumento do apetite) pode ser um comportamento associado ao estresse. Outro fator é a seletividade alimentar.
  • Lambedura excessiva: comportamento pode ser uma forma de alívio do estresse.

 

Sinais físicos:

  • Cistite Idiopática Felina (CIF): inflamação da bexiga sem uma causa orgânica clara, fortemente ligada ao estresse. Entre os sintomas estão: micção frequente em pequenas quantidades (polaciúria), dificuldade para urinar (disúria), dor ao urinar (estrangúria), e possível sangue na urina (hematúria).
  • Urinar fora da caixa (Periúria): em casos de Síndrome de Pandora, o fato de urinar fora da caixa pode estar relacionado ao estresse e à aversão à caixa de areia devido à dor ou associação negativa.
  • Sangue na urina (Hematúria): ao observar sangue na urina, procurar urgente um (a) Médico (a) Veterinário (a).
  • Dor ao urinar (Estrangúria): o gato pode apresentar sinais de desconforto ao tentar urinar, como vocalização, postura tensa e idas frequentes à caixa sem sucesso.

 

Outros sintomas como mudança de humor, vômitos, anorexia e diminuição da ingestão de água podem estar relacionados à Síndromes de Pandora.

Por que a Síndrome de Pandora acontece nos felinos?

A Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP explica que a Síndrome de Pandora – em referência à mitologia grega – tem esse nome devido à vasta extensão das lesões e seu complexo diagnóstico.

Dessa forma, como falamos anteriormente, a Síndrome de Pandora não tem uma única causa, mas aparece como resultado da interação complexa entre predisposição individual, fatores ambientais e emocionais.

 

Veja a seguir o que pode desencadear a mal nos felinos: 

  • Mudanças na rotina: pequenas mudanças na rotina diária do gato (horários de alimentação, sono, interação com o tutor) podem gerar estresse. Mudanças maiores, como viagens, reformas ou horários de trabalho irregulares do tutor podem ser gatilhos ainda mais fortes.
  • Falta de enriquecimento ambiental: a falta de oportunidades para escalar, arranhar em locais apropriados, explorar, caçar (brinquedos interativos) e descansar em locais seguros e confortáveis pode gerar estresse e tédio nos gatos. 
  • Introdução de novos animais ou pessoas na casa: a dinâmica social pode ser uma fonte significativa de estresse para alguns gatos. A chegada de novos animais ou pessoas na família pode afetá-los. 
  • Ambiente com pouco controle do território: gatos têm a necessidade de ter controle sobre seu espaço. Então, é importante contar com múltiplos recursos (caixas de areia, comedouros, bebedouros, arranhadores, locais de descanso) distribuídos pela casa, além de locais elevados e esconderijos seguros onde o gato se sinta protegido e possa observar o ambiente.
  • Estímulos sonoros ou visuais estressantes: barulhos altos, como fogos de artifício, obras, música alta, luzes piscando, ou a presença de animais estranhos do lado de fora da janela podem causar estresse e prejudicar o bem-estar do animal.
  • Interações negativas com tutores: punições, gritos ou manipulação forçada podem gerar medo e ansiedade, contribuindo para o estresse.
  • Competição por recursos: mesmo entre gatos que se toleram, a competição por comida, água, caixas de areia ou atenção pode ser uma fonte de estresse.

O diagnóstico e abordagem multidisciplinar no tratamento da Síndrome de Pandora em gatos

Diante de um quadro complexo e com muitas origens e ramificações, o diagnóstico da Síndrome de Pandora requer uma avaliação veterinária detalhada para descartar outras causas orgânicas. 

O papel do (a) Médico (a) Veterinário (a) é essencial para um diagnóstico bem feito e para um tratamento eficiente. 

Na consulta, por exemplo, ele(a) deve considerar o histórico clínico completo do gato, fazer exames físicos e exames complementares (como urina, sangue e de imagem).

Já o tratamento da Síndrome de Pandora exige um esforço integrado, que pode envolver modificações ambientais, terapia comportamental, suporte nutricional, intervenção medicamentosa e uso de suplementos calmantes e ansiolíticos naturais.

Como o Serenex de König pode ajudar na Síndrome de Pandora?

Para compor o tratamento da Síndrome de Pandora, a König do Brasil oferece Serenex, um suplemento natural que contribui para o equilíbrio emocional dos pets. 

Trata-se de um feromônio análogo ao exalado naturalmente pelos animais, que ajuda a criar um ambiente confortável e pode ajudar na correção de condutas inadequadas dos cães e gatos, sempre associado ao acompanhamento de profissionais veterinários e adestradores.

 

Assim, Serenex pode auxiliar no manejo de comportamentos relacionados ao estresse e à ansiedade diante de situações desafiadoras, que se manifestam, por exemplo, na destruição de móveis e objetos, eliminação inadequada de urina e fezes, obstrução, entre outros. 

 

O feromôniocontribui para reduzir a tensão e promove uma sensação de segurança e bem-estar, resultando na diminuição do estresse e dos comportamentos indesejados associados em cães e gatos.

 

Dentre benefícios de Serenex, podemos destacar:

  • Promove relaxamento sem sedação.
  • Pode ser utilizado em períodos de adaptação, mudanças ou como suporte contínuo.
  • Induz uma sensação de bem-estar natural nos gatos.

 

Para finalizar, ressaltamos que o emocional dos gatos importa – e afeta diretamente sua saúde física. É preciso observar de perto os sinais e buscar orientação profissional.

No tratamento auxiliar da Síndrome de Pandora, os tutores podem contar com produtos que apoiem o bem-estar emocional, como o Serenex de König.

 

Se o seu gato parece mais estressado ou apresenta sintomas urinários recorrentes, converse com um (a) veterinário (a) de confiança e conheça o Serenex como um aliado natural no cuidado com a saúde emocional felina.

Até o próximo!

 

Fontes: 

TEIXEIRA, K. C.; VIEIRA, M. Z.; TORRES, M. L. M. Síndrome de Pandora: aspectos psiconeuroendócrinos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 17, n. 1, p. 16-19, 8 maio 2019.

LIMA, Glenda Roberta Freire et al. Síndrome de Pandora: Fisiopatogenia e Terapêutica. Research, Society and Development, v. 10, n. 7, Jun. 2021.

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