Meu cão pode contrair coronavírus?

O termo “coronavírus” não se refere a uma única doença, mas a toda uma família. Nos seres humanos, os coronavírus, geralmente, causam sintomas respiratórios leves – do tipo que você associaria ao resfriado comum.

Mas, há os que provocam quadros mais graves. O atual surto de coronavírus envolve uma nova cepa, COVID-19. Mas isso significa que o cão da família pode adoecer e difundir a doença? 

Entenda melhor sobre o assunto na leitura a seguir com este artigo produzido pela diretora acadêmica e científica do Psicologia Animal, Ceres Faraco. Vamos lá?

O que dizem os estudiosos?

Kristen Bernard, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Wisconsin, afirma que, “atualmente, não há evidências de que os cães possam ser infectados com o novo coronavírus”. Ela acrescenta que os primeiros estudos sobre o COVID-19 identificaram uma sequência do genoma que se assemelha aos coronavírus encontrados em animais selvagens e não em cães domesticados.

Há risco de transmissão entre tutores e animais de estimação?

Além disso, surtos anteriores oferecem poucas evidências de que cães e tutores possam transmitir coronavírus um ao outro. Não há evidências, neste momento, de que seu cão possa pegar esse coronavírus específico, mas ele pode se infectar com outras cepas de coronavírus. O coronavírus canino (CCV), intimamente relacionado ao coronavírus entérico felino (PIF), é altamente comum e altamente contagioso. 

Embora os coronavírus humanos sejam caracterizados por sintomas respiratórios, o CCV geralmente resulta em diarréia e vômito. Os cães são mais propensos a contrair isso através da exposição a fezes infectadas. Condições insalubres e situações de alto estresse podem tornar cães adultos e filhotes mais suscetíveis ao CCV. 

Em geral, cães adultos saudáveis ​​se recuperam do CCV espontaneamente em poucos dias. Muitos não apresentam sintomas. Para os filhotes, por outro lado, as infecções por CCV costumam causar sérias preocupações. O coronavírus canino é tratável.  

Formas de prevenção em humanos e animais 

O Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA e a Organização Mundial da Saúde aconselharam os tutores de cães a tomarem as mesmas precauções que já estão tomando para evitar que fiquem doentes. É sempre uma boa ideia lavar bem as mãos depois de manusear um animal e evitar tocar sua boca, olhos e nariz antes de fazê-lo. Manter os brinquedos e as tigelas do seu cão limpos também evita que eles contraiam doenças infecciosas. Em uma situação ainda não bem conhecida como essa, é especialmente crucial identificar fontes confiáveis ​​e consultá-las periodicamente. 

 

Este artigo foi produzido pela diretora acadêmica e científica do Psicologia Animal, Ceres Faraco, com informações do site Petplace.com. Veja mais informações sobre saúde e bem-estar animal aqui

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