A Leucemia Viral Felina (FeLV) e a Imunodeficiência Viral Felina (FIV) são duas doenças graves, que têm preocupado cada vez mais tutores de gatos e médicos veterinários. A FIV e a FeVL são classificadas como “retrovírus” e afetam a espécie felina, gerando complicações clínicas importantes que podem persistir por toda a vida do animal infectado. Os dois males não têm cura, mas os animais acometidos pela FIV ou FeLV podem ter uma melhor qualidade de vida por meio do tratamento com imunomoduladores, que têm a função de fortalecer o sistema imunológico e prevenir o aparecimento de doenças oportunistas. Para saber mais sobre a FIV e a FeLV e as formas de tratamento, continue com a leitura deste artigo!
O que é um retrovírus?
Nas últimas décadas, a família dos retrovírus têm sido um dos principais alvos de estudos dos cientistas por causarem doenças graves em diversas espécies, incluindo humanos, como a temida Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) (Tenório et al., 2008).
Esses vírus apresentam a capacidade única de incorporar o seu material genético ao da célula infectada por ele, fazendo com que a cada multiplicação celular, este também se replique conjuntamente a ela e se dissemine para todas as “gerações” de células seguintes. Dessa forma, a eliminação do vírus passa a ser muito mais difícil.
O que é Imunodeficiência Viral Felina (FIV)?
A Imunodeficiência Viral Felina (FIV) é uma doença causada pelo vírus do gênero lentivírus, que pertence à mesma família do HIV. Desse modo, a enfermidade é popularmente conhecida como “AIDS felina”.
No caso da FIV, a transmissão viral nos gatos acontece, principalmente, por fluidos corporais, por meio da inoculação de saliva ou sangue contaminados, resultante de mordeduras ou feridas.
Desse modo, é uma doença mais comum em machos não castrados e com acesso à rua, já que apresentam comportamentos mais agressivos com outros da mesma espécie e, consequentemente, ficam mais propensos à contaminação.
O que é a Leucemia Viral Felina (FeLV)?
A FeLV consiste em uma doença causada por um retrovírus transmitido pela via oronasal, ou seja, através da boca e vias respiratórias. É uma doença considerada mais grave do que a FIV, pois o vírus afeta as células precursoras sanguíneas na medula óssea, causando importantes quadros de anemia e de tumores (Hartmann, 2011).
Entre os sintomas FeLV, podemos destacar:
- Febre;
- Gengivas e mucosas pálidas;
- Apatia;
- Perda de peso;
- Falta de apetite;
- Anemia;
- Diarreia;
- Linfonodos aumentados;
- Infecção de pele, vias respiratórias e bexiga;
- Letargia;
- Estomatite;
- Anorexia;
- Fraqueza.
Nas duas doenças, os sinais das infecções são muito variáveis, sendo comum, inclusive, um longo período assintomático. Mas, após esse intervalo, os gatos podem desenvolver tumores, alterações significativas sanguíneas, doenças imunomediadas, alterações neurológicas, infecções oportunistas recorrentes etc. (Hartmann, 2012).
No entanto, vale destacar que a consequência clínica mais importante de ambas as infecções por retrovírus é a imunossupressão.
O que é imunossupressão?
Como um dos efeitos mais graves da FIV e FeLV está a imunossupressão, termo que caracteriza a eficiência reduzida do sistema imunológico. Essa condição pode ter diversas causas, tanto por medicamentos (intencionalmente ou não), quanto por doenças.
No caso das retroviroses felinas (FIV e FeLV), apesar de ocorrer por mecanismos virais distintos, a imunossupressão é causada pela ação dos vírus sobre as células imunes no sangue.
De modo geral, a imunossupressão é a responsável pela maioria dos sintomas dos gatos infectados, já que ela predispõe o desenvolvimento de doenças secundárias.
Além disso, a imunossupressão diminui a eficiência dos mecanismos de vigilância de tumores pelo organismo, implicando em um risco aumentado de desenvolvimento de câncer.
Mas vale destacar que muitas dessas doenças secundárias em gatos infectados por FIV e FeLV são tratáveis quando identificadas de forma eficiente e rápida.
Tratamento de FIV e FeLV
Como falamos no início, as retroviroses felinas não têm cura e, por isso, não existe um protocolo terapêutico específico para nenhuma delas. Nesse sentido, os tratamentos têm caráter preventivo e de suporte, com foco na qualidade de vida dos gatos doentes. Os cuidados incluem:
- check-ups ou acompanhamento anual ou semestral (de acordo com o indicado pelo Médico Veterinário);
- cuidados higiênicos;
- profilaxia dentária;
- identificação rápida de qualquer sintoma de doença (febre, apatia, falta de apetite, diarreia, etc) ou ferimento no animal;
- vacina para FeLV para gatos testados negativos;
- tratamentos sintomáticos específicos para cada animal.
Além disso, como comentamos anteriormente, os retrovírus abrem espaço para outras doenças oportunistas por consequência de seu mecanismo de imunossupressão. Então, as opções de tratamentos suporte com imunoestimulantes, ou seja, com produtos que elevam a capacidade imune do organismo, são um caminho para melhorar a qualidade de vida dos gatos infectados com FIV e/ou FeLV ao auxiliarem na estabilização dos sintomas desses felinos.
Nesse sentido, destaca-se o uso de nutracêuticos, que são suplementos alimentares que contêm forma concentrada de um (ou alguns) composto(s) bioativo(s) de interesse, usados com o objetivo de favorecer a saúde do organismo. No caso do manejo de gatos positivos para FIV e/ou FeLV, nutracêuticos que favorecem a resposta imune podem representar uma opção interessante.
Defensyn® da König do Brasil: imunomodulador para felinos acometidos por retroviroses
Defensyn® é um suplemento alimentar imunomodulador, que possui em sua composição nutrientes altamente concentrados e direcionados às exigências nutricionais de animais que se encontram em estado de convalescência, ou seja, se recuperando de alguma enfermidade, de doenças crônicas e imunossupressoras, que não possuem cura e até mesmo em situações oportunistas.
A solução de König atua por meio da alta concentração de ꞵ-glucano, um grupo de polissacarídeos com função biológica favorável ao combate a uma série de doenças que incluem infecções virais, parasitárias, bacterianas e fúngicas, combate a tumores, efeito anti-inflamatório, hipocolesterolêmico, hipoglicêmico, mutagênico, e em situações de supressão imune (FREITAS JÚNIOR et al., 2012).
Os ꞵ-glucanos possuem várias propriedades imunomoduladoras que atuam, principalmente, sobre macrófagos (MANTOVANI et al., 2008), favorecendo o desencadeamento da atividade imunológica. Esse benefício já foi evidenciado em cães diagnosticados com Leishmaniose Visceral Canina e tratados com Alopurinol em subdose junto a Defensyn®, que apresentaram melhora significativa no exame clínico.
Além disso, Defensyn® também conta com prebióticos, ingredientes alimentares não digeríveis que atuam de forma benéfica na saúde do hospedeiro (GIBSON & ROBERFROID, 1995), modulando a microbiota intestinal. Hoje é sabido que o trato gastrointestinal é o principal local de interação entre o sistema imune e os microrganismos (ZAINE, 2014), e que as bactérias que residem no trato gastrointestinal influenciam diretamente na imunidade do animal. Assim, Defensyn® contribui para a imunoestimulação também promovendo o crescimento de microrganismos benéficos no trato gastrointestinal, capazes de potencializar a atividade imune sistêmica.
Portanto, os felinos acometidos pelas retroviroses podem contar com Defensyn® para fortalecimento do sistema imunológico e para uma melhor qualidade de vida. Importante destacar que Defensyn® é um suplemento auxiliar nos protocolos de tratamentos convencionais, que devem ser sempre acompanhados por um Médico Veterinário.
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REFERÊNCIAS
FREITAS-JUNIOR, L.H.; CHATELAIN, E.; ANDRADE, H.; JAIR, K.; SIQUEIRA-NETO, L. Visceral leishmaniasis treatment: What do we have, what do we need and how to deliver it? International Journal for Parasitology: Drugs and Drug Resistance, v.2, p.11-19, 2012.
GIBSON, G.R.; ROBERFROID, B.M. Dietary modulation of the human colonic microbiota: introducing the concept of prebiotics. Journal of Nutrition, Bethesda, v.125, n.6, p.1401-1412, 1995.
HARTMANN, K. Clinical aspects of feline immunodeficiency and feline leucemia virus infection. Veterinary Immunology and Immunopathology, 143 (3) : 190 – 210, 2011.
HARTMANN, Katrin. Clinical aspects of feline retroviruses: a review. Viruses, v. 4, n. 11, p. 2684-2710, 2012.
MANTOVANI, M. S.; BELLINI, M.F.; ANGELI, J.P.; OLIVEIRA, R.J.; SILVA, A.F.; RIBEIRO, L.R. Beta-Glucans in promoting health: Prevention against mutation and cancer. Mutation Research, Amsterdam, v. 658, n. 3, p. 154-161, 2008.
TENÓRIO, Ligia Zacchi; SILVA, Flávia Helena da; HAN, Sang Won. A potencialidade dos lentivetores na terapia gênica. Revista Brasileira de Clínica Médica, p. 260-267, 2008.
ZAINE, L. Efeito 1,3/1,6 beta glucanos no sistema imune de cadelas submetidas a ovário-histerectomia. 2014. 76f. Tese (Doutorado em Medicina Veterinária) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual Paulista, 2014.